terça-feira, 26 de outubro de 2010

Resposta a uma atividade do curso

Durante muito tempo acreditou-se numa prática pedagógica fundamentada na repetição de exercícios. Achava-se que essa prática levaria a criança a ler e escrever melhor.
Atualmente existe uma reflexão sobre essa prática, permitindo ver que  o exercício pelo exercício, o conteúdo desinteressante e o tom autoritário da escola não garantem a aprendizagem.
A escola que era boa antes, já não atende às necessidades do homem de hoje. Queremos formar pessoas criativas, questionadoras, críticas, comprometidas com as mudanças e não com a reprodução de modelos. Para isso, a escola tem a função de construir, pela práxis, uma nova relação humana, revendo criticamente o acervo de conhecimentos acumulados,  tomando consciência da participação pessoal na  definição de papéis sociais. A escola é um lugar privilegiado para a construção do conjunto de poderes sociais e o sujeito que aprende e atua em interação permanente com tudo que o rodeia.
Assistindo ao vídeo “ Crônicas da Terra – Jean Piaget”, podemos ter conhecimento das  idéias do mestre enquanto é mostrada cenas da Escola Cinza.
A descoberta fundamental de Piaget foi de que os indivíduos constroem ativamente seu próprio entendimento atribuindo sentido ao mundo; a aprendizagem é um processo construtivo. Os processos de pensamento e desenvolvimento evoluem pela adaptação e pelas mudanças na organização do pensamento. Para  Piaget, a razão é uma potencialidade.
No vídeo,quando as crianças  que participam de um teste psicológico tentam armar seus blocos e não conseguem de imediato, ele acha que há uma lógica no erro e é através dele que se constrói o conhecimento; é fazendo que se compreende, que é a ação.
O ensino ao utilizar meios lúdicos, cria um ambiente gratificante para o desenvolvimento integral da criança. De acordo com Piaget, o jogo consiste em satisfazer o seu “eu” por meio de transformação do real em função dos desejos, ou seja, tem como função assimilar a realidade.
Quanto à qualidade do ensino da Escola Cinza, que eu chamaria de Escola dos Sonhos, vi uma maneira lúdica de ensinar, através de letras móveis, livros, desenhos, jornais, revistas, receitas, com a pofessora percebendo a hipótese de cada criança para construir intervenções de maneira elaborada e refletida, buscando desequilibrar e encaminhar adequadamente a hipótese que desafia  cada aluno.
Como idéia transformadora, acho que falta nesta escola:
- a integração com mídias na prática pedagógica;
- o trabalho com projetos, que torna a sala mais viva e cooperativa, permitindo que as crianças vivam autonomamente, suas estratégias de aprendizagem e sua inserção no grupo.
- a Escola Cinza, coberta com palha, também precisa de um melhor espaço físico,( já que existe uma grande área verde em seu entorno) melhor arrumação das carteiras, menos alunos nas salas, para que possam usufruir de um ambiente agradável, que contribua para o processo de desenvolvimento e aprendizado

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Competências do futuro

Sabemos que por meio de uma ação planejada e refletida do professor no dia-a-dia da sala de aula, a escola realiza o seu maior objetivo: fazer com que os alunos aprendam e adquiram o desejo de aprender cada vez mais e com mais autonomia. Esse professor para atuar nessa sociedade do conhecimento necessita compreender as diversas situações que os termos informáticos colocam à disposição do profissional da educação, tendo em vista uma mudança pedagógica da ação educacional, portanto, não pode ser um mero transmissor de informações. O próximo século submeterá a educação a uma dura obrigação: ela deve transmitir cada vez mais saberes e saber-fazer evolutivos, base das competências do futuro. Resumindo e relacionando os pontos capitais dos sete saberes de Morin e os quatro pilares de Delors, temos:


• Um aspecto que o ensino ainda não tocou é o relativo à globalização, fenômeno que estamos vivendo hoje, em que tudo está conectado. Não conseguimos processar e organizar a quantidade de informações nem a aceleração da história. Vivemos sob a ameaça nuclear, ecológica, a degradação da vida planetária, que se expandem em vez de diminuir. É necessário ensinar que não é suficiente reduzir a um só os problemas importantes do planeta; os problemas estão amarrados uns aos outros. Existem perigos de vida e morte para a humanidade. É preciso mostrar que ela agora vive em uma comunidade de destino comum. É o aprender a viver juntos, desenvolver a compreensão do outro, cooperar com o outro em todas as atividades humanas, preparar-se para gerir conflitos.

• Erramos e nos iludimos sobre o mundo e a realidade. O conhecimento nunca é o espelho da realidade; é sempre uma tradução, seguida de uma reconstrução. Causas de erro são as diferenças culturais, sociais e de origem. Cada um pensa que suas idéias são mais evidentes e esse pensamento leva a idéias normativas. Cada um deve explorar as possibilidades de erro para ter condições de ver a realidade; é o aprender a fazer, poder agir sobre o meio envolvente, enfrentar situações.

• Não podemos conhecer somente uma parte da realidade, é preciso ter uma visão capaz de situar o conjunto. O ensino fragmentado e dividido impede a capacidade mental de contextualizar, ou seja, ligar as partes ao todo e o todo às partes. O conhecimento deve se referir ao global. É o aprender a conhecer, aprender a aprender, ter uma cultura geral.

• Nossa identidade é completamente ignorada pelos programas de instrução. Somos parte da sociedade, de uma espécie, sem as quais a sociedade não existe. A sociedade só vive com essas interações. A vida não é aprendida somente nas ciências formais; é preciso um pouco de literatura, poesia, para compreender a complexidade humana. É o aprender a ser, para agir com cada vez mais autonomia, discernimento e responsabilidade social.

Práticas Interdisciplinares

Durante muito tempo acreditou-se numa prática pedagógica fundamentada na repetição de exercícios. Achava-se que essa prática levaria a criança a ler e escrever melhor.


Atualmente existe uma reflexão sobre essa prática, permitindo ver que o exercício pelo exercício, o conteúdo desinteressante e o tom autoritário da escola não garantem a aprendizagem.

A escola que era boa antes, já não atende às necessidades do homem de hoje. Queremos formar pessoas criativas, questionadoras, críticas, comprometidas com as mudanças e não com a reprodução de modelos. Para isso, a escola tem a função de construir, pela práxis, uma nova relação humana, revendo criticamente o acervo de conhecimentos acumulados, tomando consciência da participação pessoal na definição de papéis sociais. A escola é um lugar privilegiado para a construção do conjunto de poderes sociais e o sujeito que aprende atua em interação permanente com tudo que o rodeia. É preciso rever o funcionamento da escola, não só quanto aos conteúdos, metodologias e atividades, mas também quanto à maneira de tratar o aluno e aos comportamentos que deve nele estimular, como a autoexpressão, a corresponsabilidade,a autovalorização, a curiosidade e a autonomia na construção do conhecimento.



Bibliografia:

Caniato, Rodolfo – Com Ciência na Educação – São Paulo, Papirus,1989

Fazenda, Ivany – Práticas Interdisciplinares na escola – São Paulo, Cortez, 1991

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Mídias e Sociedade

A nossa sociedade está cada vez mais dominada pela mídia e pela informação. A violência e a falta de segurança pública nos leva a sair pouco dos nossos espaços e procurar no rádio, TV ou computador a informação e o entretenimento. A tecnologia sempre afetou o homem, facilitando suas ações, ora nos fascinando, ora nos assustando, contribuindo para o conhecimento de uma forma tão natural que não nos demos conta disso. Aprende-se não somente na escola, mas em qualquer lugar onde se possa ter acesso à informação, seja ela verbal e sonora ,impressa ou em vídeo. Hoje, as crianças antes de irem para a escola já estão familiarizadas com os meios de comunicação. E o que nos preocupa na mídia? É a maneira como os textos culturais por ela veiculados agem na sociedade, moldando a vida diária das pessoas e influenciando comportamentos e construções de identidade. A mídia usa e manipula a cultura popular a favor de seus interesses, educa e deseduca, forma e deforma a opinião pública.Sabemos que as pessoas podem acatar ou rejeitar essas opiniões, filtrar as informações exercitando sua atitude crítica, mas o discurso é tão subliminar, que é apreendido sem que se reconheça a força da emissão; daí a tendência é mais para acatar do que rejeitar o que é dito como descrição fiel da realidade. Assim, a nossa cultura aos poucos vai perdendo seus valores, modificando comportamentos e regras morais que permeiam e identificam uma sociedade.

APRESENTAÇÂO

Este blog foi criado para uma atividade da Oficina: Projeto Pedagógico Utilizando Ambientes Interativos Virtuais, do curso Especialização em Tecnologias em Educação.É um espaço para discussão de temas estudados durante o curso, comentários de alguns textos da resenha literária que utilizarei na monografia, links com outros sites, emfim, um espaço para registro e reflexão.
Sejam bem vindos!!!